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Palestra Autonomia e Preconceito marca campanha sobre Síndrome de Down

Youtuber e representantes de entidades participam de debate na Câmara de Limeira
Data de puiblicação: 15/07/2019
Imagem ilustrativa da notícia

A Câmara Municipal de Limeira realizou, na noite desta sexta-feira, 12 de julho, uma palestra sobre Síndrome de Down com o youtuber Daniel de Miranda. Após a palestra, representantes da Associação Amigos Especiais de Limeira (AEL) e da Associação de Reabilitação Infantil Limeirense (ARIL) participaram de um debate com a mediação da vereadora Erika Tank (PL), representando a Comissão de Saúde do Legislativo.

O evento faz parte da Campanha de Conscientização e Orientação sobre Síndrome de Down e foi organizado pela Escola Legislativa Paulo Freire em conjunto com a Comissão de Saúde, Lazer, Esporte e Turismo, ambas da Câmara, com apoio da AEL e da ARIL. A Campanha instituída pela Resolução 669/2016, de autoria do ex-vereador Jú Negão, com o objetivo de esclarecer e coibir preconceitos relacionados à Síndrome de Down. Participaram do evento o presidente da Câmara, Sidney Pascotto, Lemão da Jeová Rafá (PSC), e o vereador Zé da Mix (PSD).

Na palestra “Autonomia X Preconceito”, Daniel de Miranda, que nasceu com Down e é idealizador e apresentador do canal Down News no Youtube, explicou sobre a síndrome e contou como foi seu desenvolvimento na infância e como decidiu criar o canal.

 “A Síndrome de Down não é uma doença, é uma alteração genética e biológica do DNA, que acontece quando a mãe está grávida e a pessoa nasce com um cromossomo a mais, o cromossomo 21”, esclarece Daniel. Ele também falou das principais características das pessoas com Down, como olhos puxados, rostos redondos, dedos curtos, flexibilidade, metabolismo acelerado e deficiência intelectual. “Temos essa deficiência intelectual, mas somos muito inteligentes”, ressalvou.

Daniel também falou das principais dificuldades das pessoas com Down. “Somos um pouco lentos, infelizmente muitas pessoas não respeitam o ritmo das pessoas que tem Down, temos dificuldade no raciocínio abstrato, para fazer contas, mas temos ajuda da tecnologia, como calculadora ou celular. Nossa memória auditiva é péssima, mas nossa memória visual é nota dez”.

Daniel contou que, ao longo do seu desenvolvimento, aprendeu a criar fotos e vídeos, e observar o preconceito que a sociedade tem para com as pessoas com Down fez com que ele decidisse usar essas ferramentas para criar o canal Down News. “Por que não fazer uma coisa grande para ensinar, motivar essa sociedade preconceituosa, que não tem respeito pelos Downs? Então, a partir daí eu criei o Down News. No canal, eu não falo das nossas incompetências, não, eu mostro para a sociedade o que somos capazes de fazer, como estudar, trabalhar, cozinhar, viajar, atuar, tocar música. Na infância, podemos precisar de alguma ajuda e estimulação, mas só naquele tempo, quando somos adultos, somos capazes de tomar nossas próprias decisões”, explicou Daniel. 

Daniel também falou do objetivo do canal, que é mostrar aos pais de pessoas com Down exemplos de jovens que já desenvolveram suas habilidades, porque muitos não conhecem o potencial das pessoas com Down e assim eles podem aprender a dar mais autonomia e liberdade para seus filhos e filhas.

Debate

Após a palestra, Daniel, Diego Gutierrez da ARIL, e Luísa Shenke da AEL, representantes das entidades apoiadoras, participaram de um debate com a mediação da vereadora Erika Tank. Quebrando o protocolo, a parlamentar convidou Marcela Ferraz, Caio Gomes Zanetti, Rafaela Araujo Mattana e Carol Pereira Gachet, membros do Down Dança, para participar do debate.

No evento, o público fez perguntas e teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a realidade das pessoas com Down, como pensam, as atividades que realizam e como desejam ser tratados pela sociedade.

Os debatedores contaram sobre as atividades preferidas, sobre a participação no grupo Down Dança, que se apresentará na Argentina, representando o Brasil, do carinho que eles têm para com os familiares e amigos, da aversão à violência e da importância de lutar pelos seus sonhos.

O público também quis saber o que pensam sobre preconceito e inclusão. “É muito feio ter preconceito, não só para a Síndrome de Down, mas para tudo, principalmente o bullying, é muito feio e não pode fazer. Nós, que temos Síndrome de Down, às vezes passamos por isso, às vezes as pessoas falam mal da gente, mas nós somos espertos e inteligentes, respeito não pode faltar”, respondeu Luísa Shenke.  


 


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